Serra de fita - Primeiro uso
Marcenaria

Serra de fita - Primeiro uso


 Para testar na pratica a minha nova serra de fita, evidentemente pensei em desenvolver um projeto que envolvesse desdobrar umas pranchas e, como estava precisando fazer uma caixa, o que fazer ficou obvio...

(Como sempre, clique nas imagens para ve-las ampliadas.)

Iniciei por cortar de uma ponta de prancha de louro gaucho, com nos e rachaduras, uma porcao aproveitavel e entao desdobrei essa porcao em quatro taboinhas para fazer os lados da caixa — tudo evidentemente utilizando a serra fita nova.



Como a lamina nao era especifica para desdobro e o operador ainda nao muito manso na lide, as taboinhas nao surprendentemente sairam com nitidas marcas de serra, como se pode ver ahi `a esquerda (embora comparando as superficies serradas tambem se possa ver um certo progresso na tecnica, hehe).


De todo modo as taboinhas foram encaminhadas ao desengrosso e, apos algumas passadas sempre rasas para evitar arrepios chegou-se ao resultado `a direita. Devo confessar a espessura final ficou um tiquinho menor do que era a minha intencao inicial mas mesmo assim, como se vera, foi possivel um resultado final aceitavel, eu acho.



Depois das faces aplainadas, as taboinhas foram devidamente dimensionadas e marcadas para cortar-se os encaixes. Inicialmente pensei em fazer ensambladuras do tipo caixa, mas acabei optando por cortar na mao caudas-de-andorinha porque afinal esse e' um encaixe onde nunca se esta suficientemente treinado.


Na imagem `a direita, os lados com os encaixes cortados e em montagem seca sobre minha bancada de dois parafusos.


Feita a seguir a colagem dos lados com auxilio de grampos, tornei a utilizar a serra de fita para cortar um outro pedaco do resto de prancha de louro gaucho, este contendo nos, manchas e rachaduras, e — desdobrando entao pela primeira vez uma prancha de mais de 16cm na serra de fita, sucesso, sucesso! — cortei as taboinhas que seriam tampo e fundo da caixa.

Passadas as pecas no desengrosso e seca a colagem dos lados, tampo e fundo foram colados diretamente sobre e sob os lados, direto, sem qualquer encaixe. Como a superficie de colagem era muito pequena e a relacao dos veios bem desfavoravel, evidente que uma simples colagem nao resistiria muito. A solucao que adotei foi mais uma vez empregar palitos de dente como cavilhas.


Seca a colagem e a massa de cola com po de lixa utilizada para disfarcar as rachaduras, os excessos do fundo, do tampo e dos malhetes dos lados foram serrados e lixados com lixadeira de cinta e entao toda a caixa foi lixada e os bordos arredondados com a lixadeira roto-orbital com grana 60, seguindo-se lixamento de acabamento com a lixadeira orbital ate grana 220.


Nesse ponto, aplicacao de cupinicida e chegou-se nisso:


Seco o veneno, a caixa foi para a serra circular de bancada para separar a tampa. Feito isso, coloquei dobradicas e um puxador de gaveta velho como alca e parti para o acabamento.

Por fora, uma demao de oleo de tungue e, apos seco, umas 8-10 demaos finas de goma-laca e entao cera; por dentro, veneno e, quando seco, cera.


Faltando ainda colocar uns fechos que me faltaram, gracas mais do que qualquer coisa `a beleza do louro gaucho achei a caixa acabada ficou parecendo uma daquelas caixa de joias...

Pois entao? Para que serve uma caixa de joias se nao para guardar joias, nao e' mesmo?

Assim, muito apropriadamente coloquei uma joia no seu interior.

Como se ve ahi na imagem abaixo:







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